




Apesar do projeto detalhado, eu tinha ainda algumas dúvidas sobre a execução. Se as peças metálicas estavam exatamente como o projeto, ou se os arcos foram feitos a contento. Muita coisa podia dar errado, havia uma chance (pequena, mas existente) de, ao erguer ambos os arcos, eles não se conectarem no centro.
Felizmente, tudo deu certo. O primeiro dia foi um pouco tenso, pois foi um dia de “prototipagem da execução”, descobrindo o melhor jeito de erguer as vigas. Quando usar o trator, quando usar cordas, quando ajustar a peça com a mão.
Os demais dias foram mais ágeis, pero no mucho. Estamos trabalhando com peso e em altura, então seguimos sem pressa, fazendo com cuidado, com bastante comunicação clara. “Segurei aqui, pode soltar aí. Soltando. Está solto.”
Montamos um protocolo seguro para montar as vigas e parafusar parte das terças (para estruturar e travar os arcos), que envolve erguer o lado da parede com o trator, o outro com um moitão até pouco mais que a altura final, travar nos andaimes, erguer o outro lado, e ir descendo os apoios aos poucos até o encontro das peças.
Parece simples, mas às vezes dá trabalho ajustar a posição para colocar o parafuso, as terças precisam ser medidas individualmente antes de cortar (devido a imprecisões nas primeiras etapas, na base das paredes), e às vezes a peça teima um pouco.
Em quatro dias erguemos seis arcos, com três das cinco terças já parafusadas. Um bom ritmo. Para a semana que vem temos os dois últimos arcos perpendiculares, todas as terças e contraventamentos. Só então partiremos para os arcos das extremidades, que são inclinados, e darão uma cara única ao espaço.
Feito isso, as próximas etapas são cobertura e lanternim.
Projeto e consultoria: @thomasburtscher.arquitetura
Participação: @ a.trio_arquitetura
Oficina taipa de pilão: @materiabase
Consultoria estrutural: #yopananrebello
Execução desta etapa: @rodrigo_vk, @antonioferreiradossantos78 e Elian
Área construída: 252 m².
Local: Holambra, SP, Brasil.

